sábado, 20 de junho de 2009

absolutamente

Não há silêncio nessa cidade. Um dia vou morar numa cabana na praia onde só exista natureza e amor. E alguma coisa que toque música. Estou ouvindo "Free is a Bird" e é minha preferida dos Beatles unicamente porque bateu mesmo no coração da primeira vez que ouvi. Lembrei agora do show do Oasis que fui recentemente, fui sozinha, naquele tipo de fidelidade ao que aprecio. No meio do show, expremida entre muitas pessoas mais altas do que eu, um gringo me chamou :"You can see better here" "No, not really" " You speak English? "I don´t speak English at all". Adoro expressões absolutas, elas te livram de qualquer prova, a partir do momento que digo de jeito nenhum, tudo que vier é lucro. Converso um pouquinho, dizendo desde o começo pra ninguém esperar nada e pronto: não há nada para provar. Que coisa covarde, acabo de constatar.
Descobri que as coisas absolutas são covardes e uma forma de não aprender mais. Lubridiar o outro. Eximir-se da responsabilidade do saber. Que absurdo! Absolutamente tenho que parar de fazer isso.

Peripécia do dia: ser a única caipira hippie no arraiá da Ana Carol.

Poesia do dia: dos Beatles...

"Free As A Bird/It's the next best thing to be free as a bird/Home, home and dry/ Like a homing bird I fly/as a bird on wings"

Um comentário:

  1. Adoro ler que vc escreve..Sempre me provoca de algum jeito...Mt bom...Monique

    ResponderExcluir

Desembucha esse comentário!

Adeus, viúva morta

Viúva morta, segue de preto cabelo escovado passa água de colônia passa batom vermelho ou violeta viúva morta, eu não te amo viúva m...