Pós Festival Chaplin, a peça Adubo duas vezes , o Bebê de Rosemary e um francês très romantique venho ao vosso reino tecer os comentários e considerações.
O Chaplin era mesmo incrível, vi uma série com vários curtas e um longa muito engraçado: O Garoto. Vale a pena se for de tarde e você quiser uma coisa leve. Na minha opinião ver um clássico sempre melhora nossa alma. Se bem que emendando com outro filme " O Bebê de Rosemary" não sei se essa máxima se aplica sem excessões. Eu tive pesadelos horríveis e claro o filme passa péssimas e infundadas informações sobre a bruxaria e ajuda a manter o mito de que bruxaria tem alguma coisa a ver com culto ao demônio. Mas vale ver porque tem umas sacadas de direção incríveis e bem, prende a atenção enquanto filme de suspense. Mas eu sou simpática a religião da natureza, conhecida como bruxaria e que não tem nada a ver com culto ao demônio, e foi tudo distorcido pelo filme inclusive nas citações de rituais antigos, então, sei lá, prefiro ver o Chaplin.
A peça Adubo foi uma das experiências mais interessantes que eu já tive no teatro, comparável só com Alice do grupo Armazém, em que o teto descia pra dar a impressão que a gente aumentava de tamanho junto com a Alice. E nisso sou supeita de comparar pois amo a história de Alice mais do que sorvete de chocolate. Agora Adubo fala sobre a morte e sobre Deus e o homem. Então eles já arrasam no assunto, que interessa a qualquer ser humano, independente de qualquer crença ou coisa que o valha e pra completar os caras fazem teatro bem pra caralho! Teatro no melhor sentido da palavra, que te arrepia, que no final você fica aplaudindo por muito tempo porque partilhou de uma experiência em conjunto. E há uma ovação real, ( não aquela que as pessoas fazem polidamente por uma espécie de consenso hipócrita) e dá orgulho de ser colega de profissão de gente assim. E tenho dito.
Peripécia do dia: fofocar pra vocês que a frase de título é do francês. Kiakiakia.
Poesia do dia: minhaminhaminha
Hoje um homem me lembrou meu pai
Hoje ele chegou e pediu uma coisa simples, rápida
mas não sei porque
demorou
demorou
e ele ficou mais tempo que o de costume
e desandou a chorar
tinha uns cinquenta e cinco
tomava remédios
o médico disse que ele era bipolar
-sou do tempo que homem não podia chorar
meu irmão sempre chorava
uma vez eu chorei numa discussão de trabalho
sabe o que fizeram comigo?
me demitiram-
e chorou mais
depois riu
prefiria coisas que não eram sinceras mas lhe davam prazer
do que coisas sinceras que não lhe davam
depois ficou triste
as mulheres são sincerasO Chaplin era mesmo incrível, vi uma série com vários curtas e um longa muito engraçado: O Garoto. Vale a pena se for de tarde e você quiser uma coisa leve. Na minha opinião ver um clássico sempre melhora nossa alma. Se bem que emendando com outro filme " O Bebê de Rosemary" não sei se essa máxima se aplica sem excessões. Eu tive pesadelos horríveis e claro o filme passa péssimas e infundadas informações sobre a bruxaria e ajuda a manter o mito de que bruxaria tem alguma coisa a ver com culto ao demônio. Mas vale ver porque tem umas sacadas de direção incríveis e bem, prende a atenção enquanto filme de suspense. Mas eu sou simpática a religião da natureza, conhecida como bruxaria e que não tem nada a ver com culto ao demônio, e foi tudo distorcido pelo filme inclusive nas citações de rituais antigos, então, sei lá, prefiro ver o Chaplin.
A peça Adubo foi uma das experiências mais interessantes que eu já tive no teatro, comparável só com Alice do grupo Armazém, em que o teto descia pra dar a impressão que a gente aumentava de tamanho junto com a Alice. E nisso sou supeita de comparar pois amo a história de Alice mais do que sorvete de chocolate. Agora Adubo fala sobre a morte e sobre Deus e o homem. Então eles já arrasam no assunto, que interessa a qualquer ser humano, independente de qualquer crença ou coisa que o valha e pra completar os caras fazem teatro bem pra caralho! Teatro no melhor sentido da palavra, que te arrepia, que no final você fica aplaudindo por muito tempo porque partilhou de uma experiência em conjunto. E há uma ovação real, ( não aquela que as pessoas fazem polidamente por uma espécie de consenso hipócrita) e dá orgulho de ser colega de profissão de gente assim. E tenho dito.
Peripécia do dia: fofocar pra vocês que a frase de título é do francês. Kiakiakia.
Poesia do dia: minhaminhaminha
Hoje um homem me lembrou meu pai
Hoje ele chegou e pediu uma coisa simples, rápida
mas não sei porque
demorou
demorou
e ele ficou mais tempo que o de costume
e desandou a chorar
tinha uns cinquenta e cinco
tomava remédios
o médico disse que ele era bipolar
-sou do tempo que homem não podia chorar
meu irmão sempre chorava
uma vez eu chorei numa discussão de trabalho
sabe o que fizeram comigo?
me demitiram-
e chorou mais
depois riu
prefiria coisas que não eram sinceras mas lhe davam prazer
do que coisas sinceras que não lhe davam
depois ficou triste
o homem mente
principalmente se a mulher for muito bonita
olhou pra baixo
chorou
esse fim de semana é dia dos pais
-sim, eles vem
as vezes a gente tá super feliz e começa a chorar
eu choro.
sorriu
ele era meu pai numa noite antiga
chorando, me abraçando e falando:
Filha, a gente nunca deve ter vergonha de chorar!