sexta-feira, 16 de abril de 2010

As Engrenagens

A ação chocante moveu o texto, o Teatro dos Extremos resolveu encenar, comemos todos pastel de carne humana. Fiquei muito... vamos dizer, satisfeita -porque feliz seria uma palavra leviana- que não tivesse aplausos nos final, quero dizer, aplausos imediatos. Antes ficou aquele silêncio. Adoro o silêncio de uma platéia inteira ao fim de uma peça. Ele é preenchido de significados, estava todo mundo muito engasgado para ficar aplaudindo feito bobos. Ainda mais quando o tema é extremo, quando a ação é indigesta, quando a gente fica mesmo embasbacado com nós mesmos, conosco, os humanos. Posso usar a palavra feliz para as soluções da direção, vi um espetáculo maduro, com atrizes competentes, um bom texto, contemporâneo nas suas não-transições e, excluídos os descontos de uma estréia e coisa e tal, saí de lá muito tranqüila quanto ao rumo do espetáculo daqui pra frente, pois o processo sei, nunca termina. Indico, acho válido, é teatro bem executado.

Poesia do dia: As Engrenagens, com o Teatro dos Extremos.

Peripécia do dia: pegar carona com desconhecido-conhecido só pra não descer ladeira totally alone.

Adeus, viúva morta

Viúva morta, segue de preto cabelo escovado passa água de colônia passa batom vermelho ou violeta viúva morta, eu não te amo viúva m...