sexta-feira, 21 de outubro de 2011

a morte do amor e a jovem viúva

O amor morreu. Deixou uma jovem viúva de 30 anos. Por isso, avisem por aí: está morto e enterrado, era fraco não suportou ficar junto, não suportou ficar separado. Por favor não deixem de noticiar por aí: o amor está morto! "Só o que se pode fazer é dançar um tango argentino".
A jovem viúva chegou perto do caixão discretamente, o caixão vazio do amor. Era patético que estivesse vazio, mas ela sabia que ele estava realmente morto pois tinha acabado com ele com as suas próprias mãos.
Ela se arrependia, mesmo no momento em que fazia já estava arrependida, mas não pode deixar de fazê-lo. Como não se pode deixar de fazer muitas coisas. Não se pode deixar de sair da casa dos pais por exemplo. Ela não pôde evitar de matá-lo, ela teve que fulminar seu coração com substâncias tóxicas e aterrorizantes. Ele não fez nada. Sua única reação foi receber. Quis que ela ficasse feliz. Pensava nisso enquanto fugia e está escondida em algum buraco no centro da cidade. Agora que o amor está morto, ela não se sente bem. Tem calafrios e crises e usa sempre preto.
Espalhem por aí que a viúva do amor é uma assassina perigosa que não se sente bem . As vezes canta para espantar os males de lembranças asfixiantes. Não pode ser presa. É preciso deixá-la solta, sem amores.

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