segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Os salvadores de carpas
Foi depois que arrumamos tudo para evitar que o mundo se desmanchasse de novo sob nossos pés. Que nós não queriamos mais mazelas nem dores, a gente só queria um tempo, onde nada nos incomodasse e ainda fossemos tratados como reis. A dona de tudo, tudo viu, cuidou de nós. E continuamos a caminhar muito em silêncio, cada um com seu ritual matinal, de mascaração. E estavam lá, as carpas morrendo afogadas.Os caramelos ficaram carentes e desataram a pedir um abraço, uma companhia. Então fiquei ali. Eu agi como insensível que sou ao sofrimento das carpas, mas um de nós viu logo que algumas carpas ainda estava vivas e foi cumprir sua missão de preservar coisas belas. Fiquei observando meu amigo pegar uma carpa, colocar num balde, descer uma ladeira, atravessar uma ponte, jogar a carpa na cachoeira e ficar prestando atenção se ela sobrevivia. Depois ele subiu e fez isso de novo, diversas vezes, sem ajuda. Eu poderia ter ajudado, mas eu não quis. Eu fiquei observando um bolinho de flores azuis no canto e pensando: ora, não somos capazes de tudo mesmo?
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