quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Amorzinho

 Acabei de ver Amorzinho, um conto de Tchekhov, no Glauce Rocha.  Eu sou Olenka. Eu necessito de um objeto de amor para viver.  Fiquei emocionada de ver o Lolô, um dos meus mestres queridos, lá em cima, vivendo vários personagens, criança e velha, não sei, ali em cima não existe idade, não existe sexo, o ator não tem idade. Acho que o mais importante dessa peça, dentre muita coisa, é que ela me tocou. E não é pra isso que teatro serve? Para nos tocar? Toque em alguém e cumprirá sua função. Até porque do texto do Tchekhov você sempre espera coisas bonitas, incompletas e com aquela cara dele em algum lugar que não sei explicar direito. Eu sou Olenka, eu rejuvenesço quando amo, fico radiante e o objeto do meu amor é tudo que interessa. E quando ele se vai, eu me sento numa cadeira olhando as estrelas e não consigo dormir como as galinhas. Eu sou Olenka, a neve é só a neve quando o amor não está ali. E não é assim com cada um de nós? Lindo gente, lindo.

Peripécia do dia: lidar com o chefe da empresa de advogados mantendo a longanimidade.
Poesia do dia: no palco do Glauce Rocha, por todos os lados.

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