sábado, 13 de fevereiro de 2010

As incríveis aventuras de Edileusa Cotonete no Canadá

Edileusa Cotonete precisava de uma graninha e arrumou um intercâmbio para o Canáda. Foi trabalhar linda lavando privadas e esfregando o chão enquanto estudava horrores inglês para botar peito e ficar gostosona. Um dia Edileusa foi trabalhar num studio de cinema e qual sua surpresa quando viu um sapato, uma blusa e umas gravatinhas. Não se controlou, não se controlou, fez a "eusa" escondendo tudo num saco de lixo e depois deixou o conteúdo ilícito na casa de uma amiga, dizendo óbviamente que sua casa estava sendo detetizada. Dois dias depois começaram os problemas na vida de Edileusa. Os guardinhas foram buscá-la no cursinho, para mero interrogatório e claro, Edileusa Cotonete negou. Mas a polícia estava dominada por uma certeza alucinante proporcionada por uma câmera que por acaso estava no stúdio e Edileusa foi presa imediatamente e jogada no camburão. Até aí tudo bem pois ela considerou o fato como normal, ser presa, uma questão de respeito para qualquer mulher , e imaginava-se respondendo quando as amigas perguntassem por onde esteve Edileusa? Ah, eu tava presa. Um luxo. Na delegacia soltaram Edileusa numa cela com as outras delinquentes enquanto aguardava os trâmites . Tratou logo de fazer amizade e ceder seu prato para a mulher de corte de cabelo militar ao seu lado que perguntou se Edileusa estava com muita fome. Nesse momento o guarda convidou Edileusa a confessar que tinha praticado furto, um furtinho de nada, mas Edileusa, mulher de uma palavra só, manteve-se firme na negação. Foi então levada para a prisão enquanto aguardava julgamento. Esse momento foi crucial na vida de Edileusa no Canadá, memórável e enfim, debulhada sob um vale de lágrimas, observava a chegada das detentas tatuadas, que tinham sido fichadas mil vezes, até que chegou uma muito sutil, que para fazer amizade com Edileusa, passou a mão em sua buceta, levou a mão ao nariz e disse simplesmente: fish. Agora senhoras e senhores o que leva um ser humano a praticar ato assim não sei, mas para Edileusa aquilo foi um divisor de águas e ela levantou seu dedinho berrando fui eu, fui eu que roubei o sapato, a blusa, fui eeeeeeeeeeeeu! Foi educadamente convidada a devolver os pertences, retirar-se do emprego e no mesmo dia foi deportada para o Brasil, sem sapatos canadenses. Mas do Canadá Edileusa trouxe memórias que nenhum país poderia superar, e além de tudo, várias gravatinhas nunca descobertas. Fish!

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