quarta-feira, 15 de julho de 2009

A potência de Moliére

Hoje vi o filme "As Aventuras de Moliére" que conta um pouco da época em que ele escreveu Tartufo. Lembrei do Arnaldo- professor de literatura dramática da Cal -dizendo: Moliére foi pobre, preso por dívidas, depois saiu pela França com sua trupe encenando farsas, até ficar famoso com suas comédias. Emendou com o workshop de vídeo que estou fazendo com o Amâncio onde hoje fui para o paredão e ele me disse" Você não tem convicção. Você tem brilho nos dois lados, mas eu te vejo fugindo do brilho."
Aqui pensando com meus botões, eu não vou nem pra agressividade verdadeira, nem para a fragilidade total porque não fiz até hoje a escolha, eu ainda não dei meu pulo, eu vivo no meio termo, onde não se fracassa, nem se tem sucesso. O lugar da medíocridade. Eu tenho um medo desgraçado de fracassar. Eu tive coragem para vir ou eu tive medo de ficar? No fim dá tudo no mesmo. A potência de Moliére apareceu porque ele se revelou. Escolheu a profissão de representar "que é da ordem da sensibilidade e não das aparências". Ser artista é uma sentença. Não tem que ser legal.
Peripécia do dia: Moliére pergunta para sua amada " Como vou fazer rir com o que me faz chorar? Esse gênero de comédia não existe" " Pois então, invente-o" .

Poesia do dia: minha

Peripécia e Poesia

Eu continuo vendo?
Dizem que meus olhos não brilham mais
Onde foi que eu perdi o brilho?
Foi quando eu me perdi no quê?
A trajetória de cada um é de acordo com sua ambição
Sua ambição é grande?
Parece que ter ambição é pecado
Não pode ser uma coisa boa?
Não pode ser divino ser ambicioso? O mais ambicioso de todos não foi Deus?
I speak inglish
O que eu lamento?
Eu amo cinema
Eu amo filmes
Eu não gosto deles- eu os amo
Sou da sociedade do espetáculo
A imagem que nega a realidade e cria outra para si
O artista existe recriando a realidade
Pois o que todos ambicionam secretamente é ser Deus
Um médico
aquele que retarda
Aquele que diz o que é a lei
Um juiz que decide a vida de alguém
Uma mulher com A
Não se dê tanta importância
Seu temperamento aparece
E daí?
Eu não sou uma azeitona
Meu temperamento aparece
As divas eram todas temperamentais
Todas elas
Me mostre uma diva leve
E te mostrarei que ela nunca foi diva
Di-va
Deusa
Eu não ligo pra reforma ortográfica
Neste ponto sou absolutamente velha
Não me interessa escrever diferente
Are you in?

2 comentários:

  1. gostei muito do que você escreveu, Nirley. meu medo de errar sempre ficou no meu caminho pra fazer novas descobertas também...
    é...vamos nós tentando entender nós mesmas e os outros :)
    beijo,
    Elisa

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  2. Este poema me fez lembrar a aquele verso de Cecília: Em que espelho ficou perdida a minha face? São por essas coincidências que alguns dizem que o poeta diz a mesma coisa de maneira diferente...

    Ternura sempre!

    ResponderExcluir

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